Habituámo-nos àquilo a que se chama “riscos gerais de vida”. Tais riscos são, quando muito, influenciados pelo comportamento do indivíduo, mas apenas raramente por intervenções do Estado.
Julian Nida-Rümelin
Julian Nida-Rümelin, um dos filósofos de maior renome na Alemanha, é professor de filosofia e teoria política na Universidade Ludwig Maximilians em Munique. Como Ministro de Estado da Cultura e dos Media, foi membro do primeiro gabinete de Schröder. É membro da Academia de Ciências de Berlim e da Academia Europeia de Ciências, diretor do Instituto Bavariano de Transformação Digital (bidt). Em 2016, o governo estadual da Baviera concedeu-lhe a Medalha por Méritos especiais para a Baviera numa Europa Unida. Em 2019 recebeu a Ordem de Mérito da Baviera. É membro do Conselho de Ética Alemão. O seu livro Die Optimierungsfalle. Philosophie einer humanen Ökonomie (A Armadilha da Otimização. Filosofia de uma economia humana) é baseado numa teoria da racionalidade prática na interface entre economia, teoria dos jogos e filosofia. Ele defende uma renovação do humanismo filosófico e político (Humanistische Reflexionen, Suhrkamp, 2016), trata dos princípios de uma prática educacional humana e diversa, incluindo a ética da migração (Über Grenzen denken, Edição Körber 2017). O seu livro Digitaler Humanismus: Eine Ethik für das Zeitalter der künstlichen Intelligenz (Humanismo Digital: Uma Ética para a Era da Inteligência Artificial, Piper Verlag, 2018) recebeu o Prémio Bruno Kreisky na Áustria de melhor livro político do ano. A sua mais recente publicação é Die gefährdete Rationalität der Demokratie (A racionalidade da democracia em perigo, edição Körber 2020).